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Observação Participante

Observar o quê? Com quem? Por quê?

Observar implica em educar nosso olhar para se atentar aos fenômenos a fim de construir um conhecimento claro e preciso. E, com isso, promover o encontro entre o conhecimento  científico e os saberes populares. Observar implica em evidenciar nossa intencionalidade educacional, ética e política na pesquisa-ensino-extensão. Observar também implica apreender os conflitos e as tensões existentes, além de identificar as necessidades e interesses dos grupos sociais para as mudanças possíveis e urgentes.


Observar com a participação dos povos do campo e dos/das pesquisadores/as da Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC), Escola Família Agrícola de Santa Cruz do Sul (EFASC) e Escola Família Agrícola de Vale do Sol (EFASOL), implica levar em consideração as relações de contexto concreto-abstrato e prático-teórico, bem como as características materiais, sociais, históricas e culturais da região do Vale do Rio Pardo - aquelas que limitam e/ou potencializam a educação do campo para a transformação da realidade que "está sendo".

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Observar como?

O Observatório da Educação do Campo no Vale do Rio Pardo (ObservaEduCampoVRP) se encontra política e pedagogicamente apoiado em princípios da educação popular. Metodologicamente, na sistematização de experiências e processos participativos envolvendo os povos do campo em seus diferentes momentos. 

 

Paulo Freire, Carlos R. Brandão, Orlando Fals Borda, Oscar Jara Holliday e Elza M. F. Falkembach são alguns/algumas dos/das interlocutores/as da educação popular e da pesquisa ação-participante que podem oferecer movimento ao trabalho de observação e de análises das informações e dos dados que vão sendo construídos ao longo do processo. 

Nesse sentido, a observação é igualmente participante. Além disso, nos orientamos pela perspectiva da Educação do Campo, ou seja, por uma categoria de análise que leva em consideração situações, experiências/vivências e políticas de educação de trabalhadores/as camponeses/as.

 

Assim, nosso observatório se orienta seu trabalho de sistematização em 4 eixos-temáticos-analíticos e 5 etapas, a saber:

Fonte: ObservaEduCampoRS (2019). Esquema: ObservaEduCampoVRP (2022).

 

1º Eixo temático-analítico: Experiências de educação do campo (espaços escolares e não escolares; movimentos sociais; extensão e/ou comunicação) no Vale do Rio Pardo. 

Etapas: 1) Identificação; 2) sistematização; 3) análise; 4) socialização; e 5) proposições.

 

2º Eixo temático-analítico: Políticas Públicas Regionais para a Educação do/no Campo.

Etapas: 1) Identificação; 2) sistematização; 3) análise; 4) socialização; e 5) proposições.

 

3º Eixo temático-analítico: Desenvolvimento Rural Regional. 

Etapas: 1) Identificação; 2) sistematização; 3) análise; 4) socialização; e 5) proposições.

 

4º Eixo temático-analítico: Levantamento dos conhecimentos produzidos e sistematizados a partir de pesquisas sobre educação no/do campo no Vale do Rio Pardo. 

Etapas: 1) Identificação; 2) sistematização; 3) análise; 4) socialização; e 5) proposições.

 Observar para quê?

O Observatório da Educação do Campo do Vale do Rio Pardo (ObservaEduCampoVRP) reúne um conjunto de dados e de informações sobre educação no/do campo, bem como a análise dos mesmos com a finalidade de:

 

  • Apoiar pedagógica e politicamente os povos do campo na defesa da escola pública.

  • Antecipar problemas, mediante análise de demandas e de diagnósticos da sociedade civil.

  • Fortalecer os fóruns da Educação do Campo.

  • Sistematizar experiências educacionais do/no campo no Vale do Rio Pardo.

  • Sistematizar e apoiar experiências de mulheres trabalhadoras rurais para/na transição agroecológica, para soberania alimentar e para a igualdade de gênero.

  • Sistematizar e analisar dados estatísticos educacionais produzidos pelo INEP a fim de aprofundar estudos sobre a realidade educacional da região.

  • Subsidiar educadores e educadoras do/no campo com informações que permitam uma melhor compreensão sobre a realidade.

  • Apoiar projetos de pesquisas de diferentes níveis (graduação, mestrado, doutorado, pós-doutorado), além de subsidiar projetos de pesquisas realizados no âmbito das EFAs.

  • Contribuir com a formação e consolidação de uma rede de observatórios regionais através do ObservaEduCampoRS.

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